"Quero, se possível, voltar pra lá, poder continuar meus estudos"
Eduardo Felipeto, formado em Engenharia Química pela Unisinos, fala sobre sua experiência como estagiário em um laboratório de borrachas na Universidade de Ciências Aplicadas de Osnabrück.
EDUARDO, COMO VOCÊ CONSEGUIU A VAGA DE ESTÁGIO?
Foi inicialmente um e-mail vindo da central da Unisinos, dizendo das oportunidades que poderiam ter. Então eu comecei a ir atrás, a questão do que deveria ser feito. No próprio e-mail dizia que era necessário alguns conhecimentos sobre isso e eu fui atrás de professores para ver como seria. Então depois eu fiz um teste para a proficiência de inglês. Após ter passado nele, então, foi para a parte das entrevistas com a professora Tatiana e a professora Cristiane, juntamente com a Andressa, das relações internacionais. E como eu tinha um determinado conhecimento necessário em polímeros e processamento, que eu ainda não tinha, por sorte, ainda tinha um semestre antes. Então eu fiz algumas cadeiras para já saber o que estava fazendo e fiz algum treinamento no laboratório para ficar apto, então, para prestar o estágio em si.
QUAIS ERAS AS SUAS TAREFAS DURANTE O ESTÁGIO?
Basicamente as minhas tarefas eram auxiliar no laboratório de borrachas da universidade pois haviam, às vezes. aulas que deveriam ter alguém para ajudar, por falta de pessoas para os alunos. Havia, por exemplo, os pedidos individuais feitos para eles em si e como eu dei, já podia fazer algo para auxiliar o meu chefe de lá. Então eu fazia pequenos trabalhos e, por fim, também, como houve bastante tempo eles me deram oportunidade também de fazer um projeto próprio.
GOSTOU DA UNIVERSIDADE E DE ESTUDAR LÁ?
Eu gostei muito de estudar lá. Tive também oportunidades de fazer algumas aulas de mestrado, fazer aulas de alemão. Foi realmente algo que foi oferecido, nada foi dito antes, que aconteceria. Foi realmente porque eu parei para conversar um pouco com eles e eles ofereceram todas essas... se eu quisesse fazer alguma aula que, aliás, terminando a cadeira lá em mestrado, eles diziam “quando tu for voltar e se for voltar para algum mestrado pra cá, já estaria pronto”. Então as coisas são bem acessíveis por lá.
O QUE VOCÊ FEZ NO TEMPO LIVRE? VISITOU LUGARES?
Logo que a gente chega lá, tem que confeccionar um cartão. Um cartão que tem seu nome que internexa a universidade, demonstrando então, que tu é um estudante. Tem um valor inicial a ser pago por semestre. E basicamente esse cartão ele nos deixa andar por lá, contando que seja na mesma região na qual tu mora. Então, todo fim de semana era possível, por exemplo, sair para ver uma universidade, conhecer alguma coisa nova e voltar no mesmo dia sem ter muito estresse.
TEM ALGUMA EXPERIÊNCIA QUE VOCÊ GOSTARIA DE COMPARTILHAR?
Tive a oportunidade de participar de um evento chamado de “Weihnachtsmarkt”, o qual ocorre todos os anos entre novembro e final de dezembro, é um festival comemorando o natal na cidade, com várias bancas vendendo comida típica e lembranças da cidade, sendo uma delas uma xícara especial com alguma arte da cidade e o ano atual, tendo assim vários colecionadores da cidade que a adquirem regularmente. Nesse evento, é vendido o "Glühwein", um vinho quente com sabor doce, dentro do festival há diversas adaptações dos habitantes e é sem bem-vinda no frio do fim de ano.
O QUE A EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO INTERNACIONAL SIGNIFICOU PARA VOCÊ?
Ela foi muito mesmo, porque, pelo fato de nunca ter saído antes do país realmente já ter feito essa primeira vez, já sair trabalhando, realmente foi algo muito diferente. Nunca tinha sequer interagido com outras culturas, como ter essa oportunidade nos dormitórios. E realmente deu um gostinho de quero mais. Quero, se possível, voltar pra lá, poder continuar meus estudos. Porque realmente é um lugar que as pessoas tendem a pensar que é hostil, mas na verdade é bem agradável. Só precisa de um pouquinho de tempo para se acostumar.
Para assistir a entrevista completa do Eduardo clique aqui.